Grand Canyon de bike: um bate-e-volta a partir de Las Vegas
por às 3:35

** esse post foi originalmente publicado como guest post no blog Nós no Mundo em janeiro/2013.

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Como seria minha terceira ida a Vegas, dessa vez para acompanhar meu irmão em sua primeira viagem aos EUA, só aceitei o destino se houvesse algo novo na programação – e a novidade não teria como ser melhor!

No mesmo instante sugeri que fizéssemos um bate-e-volta ao Grand Canyon. Registro aqui que não seria a minha ideia original para conhecer o Grand Canyon, mas seria uma excelente oportunidade para ter um gostinho do lugar.

Comecei as pesquisas para ver as possibilidades e descobri que são muitas! A Claudia do blog Aprendiz de Viajante tem um bom guia que serviu de referência para entender as diferenças e vantagens de cada “rim” do Grand Canyon. 

Como seria uma ida rápida, era preciso não exagerar, tentar aproveitar ao máximo o dia. Decidimos conhecer o South Rim, mesmo sendo mais afastado (cerca de 4h de carro) que o West Rim (cerca de 2h). Era ali que o Grand Canyon fazia por merecer ser visto pela primeira vez. É unânime na internet a opinião que o South Rim é o mais bonito de todos.

Comparamos as nossas opções de ir até lá – carro alugado, avião ou tour de empresa. A empresa levou vantagem pela praticidade. Eles nos buscariam no hotel e poderíamos ir apenas apreciando.

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Pesquisei algumas empresas na internet mesmo e optei pela Grand Canyon Tour Company por ter achado as opções mais diversas e interessantes. Dentre elas existe o “Grand Canyon South Rim Bike Ride“ e foi por essa opção que eu enchi os olhos. Seria uma forma um pouco mais íntima para ter contato com aquele lugar! Do contrário, apenas ficaríamos no ônibus de turismo, com aquelas paradas tradicionais e rápidas com todo mundo ao mesmo tempo.  Estava decidido!

Fiz toda a reserva pelo site da empresa, no dia escolhido lá estava a van nos esperando 6h30 para o grande passeio.

Primeiro nos reunimos no saguão da Miracle Mile Shops para um snack oferecido de café da manhã. Ali os grupos seguem para os respectivos ônibus, conforme o “rim“ que escolheram. Há algumas paradas no caminho onde se pode comprar um lanche e água (lembre-se que você está no meio do deserto, esse item é de primeira necessidade!). Dali até o Grand Canyon vai demorar um bocado, então relaxe e aproveite a vista! Eu adoro aquela paisagem desértica, as rochas, a cor vermelha do solo, como os rios cortam aquela aridez e transformam a paisagem.

O primeiro momento digno de um uau é a passagem pela ponte onde se avista a barragem Hoover Dam. Vale ficar coladinho na janela para tirar algumas fotos.

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Depois tem a parada do almoço, incluído no passeio, (é longe, eu falei!) num rancho bastante simpático. Funciona como buffet. Você tem direito a uma bebida não-alcóolica e a família dona do local passa todo o tempo dando atenção ao grupo, lugar bem agradável. Dali continuamos nossa viagem, com muita expectativa. Não sei dizer que horas exatamente chegamos ao South Rim, mas assim que o motorista anunciou, eu dei um pulinho na minha cadeira. Seguimos a direção da Hermit Road onde o grupo desce do ônibus para uma rápida foto na placa de entrada do parque e ali os que vão fazer o tour de bike se preparam com o guia.

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As bicicletas chegam num pequeno trailer. Você recebe seu capacete, uma garrafinha de água (brinde) e o guia te ajuda a fazer os ajustes necessários da bike. Éramos um pequeno grupo de cinco pessoas (eu, meu irmão, minha cunhada e um casal irlandês) mais o guia. Que delícia! Sem multidão alguma, a sensação era de que o lugar era só nosso!

Começamos o trajeto do passeio, muito tranquilo por sinal, com declives pouco acentuados e percorremos algumas trilhas e em alguns momentos os acostamentos da rodovia, mas sempre num ritmo muito tranquilo e bastante seguro, achei.

O trajeto todo foi de cerca de 9 km (curtíssimo, eu sei, mas tem as paradas em mirantes estratégicos, você está praticamente sozinho e o nosso tempo lá é curto mesmo!).

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Durante as paradas o guia vai contando a história geológica do Grand Canyon (música para meus ouvidos) e explicando todos os detalhes sobre os quais você tiver dúvidas (juro que me controlei e perguntei bem pouquinho!).

A sensação que tive ao olhar o Grand Canyon foi incrível! Sempre penso em como somos pequenos e como somos felizes por poder ter essa grandiosidade toda nos acolhendo. É uma delícia ficar ali olhando a diversidade de cores das camadas arenosas que dão o charme do lugar.

A grandeza do lugar, a beleza das formas, tudo aquilo só me deu uma certeza: esse seria o “amuse bouche“ de uma viagem dedicada para o Grand Canyon. Mas mesmo assim fiquei satisfeita por ter ido e, mais ainda, por ter optado pelo passeio de bicicleta.

A grande tristeza desse tipo de tour é não poder ficar para o espetáculo do pôr-do-sol, que na época em que fui só iria iniciar-se por volta das 19h30. Nosso tour acabou na lojinha de souvenirs onde o ônibus já nos esperava para um retorno tranquilo (e longo) até Vegas. Chegamos por volta das 21h30 no hotel, o que daria até para curtir um espetáculo, mas preferi apenas jantar e olhar as fotos do dia e descansar o corpo do cansaço, mas manter aquela sensação de felicidade transbordante.

Foi um bate-e-volta puxado, mas que valeu muito a pena.

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** algumas fotos foram modificadas do post original. Leia na íntegra a versão publicada no Nós no Mundo.

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